domingo, 27 de abril de 2014

Pendências

O amor ainda pendente, pende. Quase cai. Quase despenca. Não morre, nem vive. Não é e nem deixa de ser.
Esse impasse, esse ser ou não ser, esse "ainda não deixar de ser", me consome.
Gostaria muito de poder arrancar do peito, o coração? Talvez. O sentimento em si já bastaria.
E aí me pergunto onde é que se aperta para mudar para a fase do amor superado. Do amor guardado. Como é que faz para ir direto para onde as lembranças não doem, não corroem. Não enlouquecem.
Pensar na ausência é realmente algo muito triste para mim. Talvez porque boa parte da minha vida já seja ausência. E nós sabemos disso.
Fará falta, admito. A companhia, o carinho, o amor. O sorriso. A calma que me fazia...
Se foi. Passou.
Ficou. Deixou.
Nem é, nem deixou de ser. Ainda resta. Ainda sobra. Ainda transborda.
Ainda doí.

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