quinta-feira, 19 de abril de 2012

Eu esperei por esse dia...

Eu esperei pelo dia em que você largasse sua caneca de chá, parasse de olhar pela janela e saísse por aquela porta, eu esperei pelo dia que você voltaria.
Seu ego sempre foi grande, e você via eu eu eu e mais eu... e nós?  Fomos ficando de lado.
Seu ego inflado nos sufocou, e naquele quarto apertado já não tinha mais espaço para nós, era você e seu grande balão de ilusão, não eram sonhos, eram ilusões, agora o balão estourou, e você viu que não estamos mais naquele quarto, cada um esta em seu jardim florido, e você ficou vendo os prédios cinzas com seus olhos cinzas. A gente sempre quer mais e mais e mais, cega para o que se tem, até que o que se tem não se tem mais, e conseguimos aquilo tudo que queríamos, mas não é o bastante, não é o suficiente, não preenche. Aquela coisa simples era o que preenchia, aquelas momentos singelos, aqueles sorrisos intensos, aquelas fotos, aqueles gestos, aquelas conversas, aqueles rostos, aquelas pessoas. Os prédios ao seu redor, essa solidão, a ausência de uma palavra... Você ganhou São Paulo, você esta morando onde sempre quis. Mas e dai? Não esta completa... E talvez aqui, nessa cidade pequena, com seus pequenos amigos você estivesse.
Olha pela janela com sua caneca de chá na mão... Pensa, pensa, pensa... E com quem divide esses pensamentos?  O vento os leva e fim. Não foram divididos, não foram compartilhados, não foram guardados! Você apenas não tinha pra quem os contar.
Não sei dizer se é tarde, ou se ainda dá tempo.
Talvez você nos alcance, talvez não. Mas é uma escolha sua tentar...

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