Nos trancamos no armário. Você protege os seus, eu protejo os meus. Mas quem nos protege? Quem nos poupa do caos?
Elas gospem farpas como se a culpa fosse nossa, como se pudéssemos voltar atrás ou mudar as coisas, como se fosse simples rebeldia de duas crianças inocentes, mas nos crescemos, e talvez o mundo seja mais real para nós do que para elas. O certo, é o que elas pensam e ponto. Dane-se nossa opinião, dane-se nossas dores e nossas lágrimas. É cômico, elas se incomodam tanto, mas nos é que vamos arcar com as consequências e elas nem estarão por perto.
A palavra assumir me soa engraçada. Assumir o quê? Para quem? Para que as pessoas decidam se querem ou não ficar perto de nos?
Estranho, porque nenhuma pessoa diz para seus pais: Preciso contar uma coisa, sou preconceituosa e sou hipócrita!
Isso também deveria ser chamado de "se assumir". Se nenhum filho da puta chegou para seus pais ou para o mundo e assumiu diretamente qualquer tipo de característica, por que é que tenho que fazer isso?
Deus? O que é Deus? Vocês realmente conhecem a bíblia? Que bom, mas ela foi escrita por homens!
Vocês enchem a boca para falar de Deus, de religião, de certo e errado, mas vocês nem conhecem a vida, vocês não nos conhecem! E olha que sempre estivemos aqui, mas vocês nunca se preocuparam em nos ouvir, em nos entender e agora acham que podem falar de algo que vocês não entendem, não conhecem, não vivem? Calem a boca! Não quero mais ouvir, tudo que quero é esperar mais esse tempo passar e poder logo ir embora pra longe de vocês. Até lá, não vamos mais tocar em um assunto que vocês não conhecem ok?
Me restam poucas fichas e não sei no que apostar. Guardá-las seria idiotice. Perdê-las seria burrice.
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